O pastor Luiz Henrique dos Santos Ferreira, conhecido como Profeta Henrique Santini, foi alvo de uma grande operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro. Embora ele não esteja preso em uma cela, a Justiça determinou que ele use tornozeleira eletrônica e bloqueou seus bens e contas bancárias.
A operação, chamada Blasfêmia, investiga um esquema de estelionato religioso no qual o pastor e outras 22 pessoas (incluindo adolescentes) seriam responsáveis por um "call center da fé" que cobrava fiéis por orações, promessas de curas e milagres.
O que a investigação descobriu?
* O grupo supostamente utilizava centrais de telemarketing em Niterói e São Gonçalo para enganar os fiéis.
* Dezenas de atendentes eram contratados para se passar pelo pastor e fazer cobranças.
* Os valores cobrados variavam, com o pastor supostamente cobrando até R$ 1.500 por "serviços espirituais".
* A investigação aponta que o esquema teria movimentado mais de R$ 3 milhões em apenas dois anos.
Ao ser abordado, o pastor declarou à polícia que é vítima de perseguição religiosa e que não cometeu os crimes dos quais é acusado.
A defesa dele informou que ainda não teve acesso às denúncias completas, mas está tomando as medidas necessárias.
