A Playboy, revista lançada em 1953 com uma capa particularmente sexy de Marilyn Monroe, anunciou que, em face da concorrência de sites pornográficos, vai parar de publicar fotos de mulheres nuas.
A publicação, que derrubou tabus nos anos 1950 com suas fotografias de mulheres com os seios à mostra, disse que a partir da edição de março de 2016 a publicação será redesenhada de "cima a baixo".
"A revista Playboy repaginada incluirá um desenho completamente moderno e, pela primeira vez na história, não terá nus em suas páginas", informou em comunicado a Playboy Enterprises.
A Playboy explicou que agora terá "fotos sensuais das mulheres mais bonitas do mundo", mas sem mostrá-las nuas, e que "continuará oferecendo sua premiada mistura de conteúdos de jornalismo de investigação, entrevistas e ficção".
"O clima político e sexual de 1953, ano em que Hugh Hefner apresentou a Playboy ao mundo, já não se parece mais com o atual", disse o chefe executivo da Playboy Enterprises, Scott Flanders.
"Agora as pessoas estão a um clique de todos os atos sexuais imagináveis de forma gratuita. E agora a revista ficou fora de moda", explicou Flanders ao jornal New York Times.
A decisão foi tomada após uma reunião com o fundador da revista, Hugh Hefner. Com o advento da pornografia na internet, a Playboy, que vendia 5,6 milhões de cópias em 1975, não vende mais do que 800.000 atualmente.
A revista acredita que ao acabar com tais fotos poderá exibir parte de seu conteúdo nas principais redes sociais, como Facebook, Twitter e Instagram.
A revista vai continuar a apresentar a "playmate" do mês, mas pretende se adaptar para ser vista por um público de 13 anos ou mais, explicou um dos diretores, Cory Jones.
Segundo a empresa, a nova revista terá um tamanho maior e será impressa em papel mais grosso de melhor qualidade, para conferir à publicação "um caráter colecionável".
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