No dia 2 de agosto de 1989 morria, em Recife (PE), o rei do baião, o compositor Luiz Gonzaga. Ele ficou conhecido por composições como Baião (1946), Asa Branca (1947), Siridó (1948), Juazeiro (1948), Qui Nem Giló (1949) e Baião de Dois (1950). Grande instrumentista, popularizou ritmos como baião, o xote e o xaxado. Nascido na cidade de Exu (PE) no dia 13 de dezembro de 1912, ele aprendeu a tocar acordeão com o seu pai, Januário.
Quando era adolescente se apresentava em bailes, forrós e feiras. Antes de completar 18 anos, se apaixonou pela filha de um coronel e foi repelido pelo pai da moça. Luiz Gonzaga ameaçou o coronel de morte e, por isso, levou uma surra do pai.
Indignado, fugiu de casa e foi para o Exército, em Crato, no Ceará. Viajou por vários estados brasileiros durante este tempo e resolveu deixar o serviço militar em 1939, no Rio de Janeiro, para se dedicar à música. Passou a se apresentar na zona do meretrício e também em show de calouros. As coisas começaram a mudar em 1941, no programa de Ary Barroso, quando foi aplaudido pela sua música Vira e Mexe.
O sucesso valeu um contrato com uma gravadora. Em seguida, foi contratado pela Rádio Nacional. A partir daí resolveu usar a roupa de vaqueiro, que o tornou conhecido como artista. Em abril de 1945, gravou sua primeira música como cantor: Dança Mariquinha em parceria com Saulo Augusto Silveira Oliveira. Retornou para sua cidade natal apenas em 1946. Do reencontro com seu pai, escreveu a música Respeita Januário, em parceria com Humberto Teixeira. Em 1948, casou-se com a pernambucana Helena Cavalcanti. Com ela, teve uma filha chamada Rosinha. Ele também é pai de criação de Gonzaguinha, filho da cantora de coro Odaléia Guedes, com quem se relacionou antes do casamento com Helena.
Como legado, Luiz Gonzaga deixou mais de 40 discos gravados e inúmeros sucessos da música popular brasileira. O compositor morreu vítima de uma parada cardiorrespiratória.
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