A Terceização, ao menos pro rádio não funciona!


        O Brasil espera ansioso a aprovação ou não da terceirização, votada pela câmara dos deputados e já encaminhado ao senado federal para análise, tema que vem dividindo a opinião pública inclusive o governo da Presidenta Dilma é contra essa lei. Se for aprovada, as empresas poderão contratar seus colaboradores, através de prestadora de serviços. como já acontece em bancos e repartições públicas em quê vigilância e segurança patrimonial acontece por meio de prestadoras de serviços.
Não fica bem claro se direitos trabalhistas serão respeitados, a políticos a favor da lei garante que o modelo, que já funciona em países da Europa, e não compromete o trabalhador, o governo acha que não será bem assim.

Terceirização já acontece em rádios de interior:

Se for tomado como exemplo a lei da terceirização no rádio, as noticias não são animadoras.

Lembro-me da FM COMERCIAL que tinha uma programação impecável, com equipe de profissionais que primava pela qualidade e ética,

sobretudo na parte comercial, era uma emissora que tinha um bom faturamento, pois com um salário mínimo (salário base década de 90), era destinado à empresa patrocinadora 04 inserções diárias na grade rotativa da emissora.


Mas a falta de capacidade gerencial do proprietário, liderança e principalmente "tino" da administração fez do dono da emissora entrar em atrito com profissionais mais antigos da casa, e passar a "alugar" a locutores recém chegados no ramo da comunicação a ingressar na programação, enquanto os locutores profissionais foram obrigados a trabalhar em horários de sábados e domingos os "amadores" passaram a comandar a grade nobre, vimos a início do declínio de uma das rádio mais respeitadas da região.

Com o comando da rádio nas mãos de jovens iniciantes, a visão comercial foi deixada de lado, por não terem vínculos com a emissora, e serem cotistas ou freelancer (vendiam patrocínios para terem seus próprios salários), a fidelização e respeito com mercado de preço, foi deixada de lado pois esses "Freelancers" tinha que correr contra o tempo para não ficarem sem receber seus vencimentos, daí negociar passou a não ser uma prática desses locutores/vendedores (e freelancer).

Uma enxurrada de comerciais passou a ser literalmente dada aos antigos e novos anunciantes, 
com R$ 100 reais,na época, era possível ter incríveis 10 comerciais diários na programação. aí o pior não poderia ficar, os comerciantes passaram a ter esse parâmetro de valores e hoje dificilmente um anunciante paga R$ 742,00 para ter 4 ou 5 comerciais diários na programação. Hoje em dia para convencer um comerciante a pagar esse valor ele exigirá da emissora 10,15 até 20 inserções/dia.

Essa prática se estende as demais emissora da cidade, Rádio Comunitária local e a AM, ainda mantém esse estilo de "parceria". o que enfraquecem tecnicamente a programação e desinteressam a audiência.

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